Debate sobre Turismo, Cultura e Água reúne diferentes óticas em torno da questão das águas termais em Poços de Caldas

Abrindo o evento "Olhares sobre a bacia dos rios Mogi-Guaçu e Pardo", a Sessão Temática “A relação entre Turismo, Cultura e Água em Poços de Caldas”, contou com a participação de um público diversificado, entre jornalistas, turismólogos, arquitetos, representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e universitários.

Os debatedores Stelio Marras, Hugo Pontes, Teresa Alvisi, Marcelo Abuchala e Luciane Ghiraldelo, instigaram uma rica discussão em torno das “águas virtuosas”, do reencantamento das águas, da qualidade das águas, entre outros pontos.

O antropólogo Stelio Marras, autor do livro “A propósito de Águas Virtuosas”, expõe o contraste entre a bucólica estância balneária do passado e a atual e urbanização da cidade de Poços de Caldas. Stelio fala do utópico “reencantamento” das águas e afirma que é preciso pensar a cidade e as águas termais, integrando a questão da saúde com o lazer, fazendo referência ao binômio de Baco e Esculápio.Teresa Alvisi, Diretora das Thermas Antônio Carlos, fala sobre a ocupação dos espaços da cidade pautados nas águas termais. Teresa apresenta algumas ações de valorização das águas por parte da população, com diversos enfoques sociais, envolvendo as Thermas. A turismóloga Luciane, afirma que uma cidade, para ser boa para o turista, é preciso primeiro oferecer qualidade para seus habitantes.O jornalista Hugo Pontes afirma que Poços de Caldas só existe em função das suas águas, e, isso deve ser levado em consideração como pauta prioritária no planejamento. O artista plástico Marcelo Abuchala aponta que, os segmentos turismo, cultura e saúde, vivem um momento de encruzilhada, onde as mudanças a nível global devem ser levadas em consideração. Luciane fala sobre a necessidade de ressignificação, em todos os sentidos. “São muitos os questionamentos, e poucas as respostas”, afirma a turismóloga, ressaltando a água como um dos elementos fundamentais e protagonistas da oferta turística.

O debate foi muito rico, devido aos diferentes olhares dos participantes, que expuseram suas visões, por vezes pessimistas, por outras, propositivas de mudanças. Em um ponto todos concordaram: é preciso planejamento em todas as áreas, para que haja um desenvolvimento responsável e equilibrado, seja em relação ao turismo, à cultura ou ao meio ambiente.

O evento “Olhares sobre a bacia dos rios Mogi-Guaçu e Pardo” é promovido pelo CBH Mogi/Pardo e acontece até o dia 11 de maio, com diversas atividades, entre cursos, oficinas, debates, atividades artísticas, entre outras. Confira a programação no blog: deolhonasaguas.blogspot.com e saiba mais pelo telefone 8844 9739.